Atxu Marimã nasceu na Amazônia brasileira, no seio de uma grande família Hi-Merimã que vivia sem contato com a sociedade majoritária. Suas primeiras lembranças são das brincadeiras na floresta e das histórias contadas por seu pai ao redor da fogueira. Mas, aos sete ou oito anos, a chegada de lenhadores armados ao seu território mudou tudo: sua família foi obrigada a procurar contato com uma aldeia vizinha. As consequências foram dramáticas: doenças, mortes e perda de sua língua e cultura.

Décadas mais tarde, Atxu transformou essa experiência em compromisso. Hoje, ele trabalha com a FUNAI, o departamento de assuntos indígenas do governo brasileiro, para proteger os territórios dos povos que optam por viver sem contato.

“O importante é lutar pela terra e por aqueles que não querem contato. Não se trata de se aproximar deles, mas de garantir que possam viver em paz, em suas florestas”, afirma.

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